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O tratamento de canal é um dos mais realizados em clínicas odontológicas e também um dos que causam mais medo em pacientes. Não é para menos, afinal, há um mito de que é um procedimento doloroso.
Aqui, você descobre tudo o que precisa saber sobre o tratamento de canal de dente, inclusive se realmente dói ou não. Continue a leitura e confira informações completas!
Trata-se da área em que está a polpa dentária, que é a parte interna do dente. Ela fica entre a dentina e a raiz dos dentes naturais. Possui nervos e vasos sanguíneos, por isso é bastante sensível e provoca dor sempre que é acometida por uma doença.
Os problemas mais comuns na polpa dentária são a inflamação e a infecção, que costumam causar sintomas como aumento da sensibilidade e dor de dente, incomodando bastante. Normalmente, são um avanço de quadros de cáries.
O tratamento de canal é indicado em casos de inflamação e infecção da polpa dentária, que são muito comuns em consultórios odontológicos. Um dentista especialista em endodontia é o profissional responsável por realizar o procedimento.
A inflamação dolorosa da polpa dentária é chamada de pulpite. Existem vários tipos, que são classificados de acordo com o nível da dor que o paciente sente.
Na pulpite reversível, a dor é de leve a moderada e surge apenas quando há estímulos específicos. Já na pulpite transacional as dores são fortes e só somem se tomar analgésico. Neste caso, a dor ocorre de modo intermitente.
Também há a pulpite crônica hiperplásica, que recebe o nome de pólipo pulpar, quando ocorre a exposição da polpa dentária devido à destruição da dentina e do esmalte pela cárie.
Por fim, está a pulpite crônica ulcerada, que provoca dor ao toque e ao mastigar. O dente que possui esta condição normalmente tem uma cárie profunda, com exposição da polpa dentária, que ganha um aspecto de úlcera.
O caso mais comum que leva à necessidade de tratamento de canal é o de cárie profunda, que provoca inflamação da polpa. Esse problema é causado por ácidos produzidos pela placa bacteriana formada em dentes.
A formação dessa placa, que também é chamada de biofilme, se dá pela falta de higiene bucal ou uma higiene realizada de forma incorreta. Inicialmente, a cárie é assintomática, portanto, não provoca sintomas.
Conforme o esmalte do dente é deteriorado, aparecem manchas escuras nele. Se a cárie não for tratada, a lesão progride, a mancha se torna visível e atinge tecidos mais profundos do dente.
A princípio, o paciente sente sensibilidade e dor leve ao mastigar ou ao contato com alimentos e bebidas gelados. Quando o problema chega à polpa dentária, ocorre um aumento do nível da dor, que pode se tornar contínua.
Se o problema seguir sem tratamento, a infecção pode atingir a raiz, provocar abcessos, perda do dente natural e acometer a estrutura óssea da região, bem como outros dentes. Logo, ao identificar qualquer sinal de cárie, procure um dentista!
Depois do diagnóstico e identificação da necessidade de tratamento, o endodontista é o responsável por fazer o procedimento no dente que precisa de canal.
O tratamento pode ser feito em uma ou mais sessões, conforme o caso do paciente. Quando é feito em somente uma sessão, o procedimento é realizado com biopulpectomia.
Trata-se de uma técnica que preserva o coto pulpar. Para realizá-la, o especialista em canal de dente faz a abertura e aplica hidróxido de cálcio para tratar a infecção. Posteriormente, faz o procedimento final que envolve a restauração.
Já o canal feito com mais de uma sessão envolve a aplicação de anestesia no dente e a abertura por meio da coroa, para acessar a câmara da polpa. Depois, elimina-se a parte que está doente e se faz a irrigação do local para remoção de resíduos.
Então, inicia-se o processo de remodelagem, selagem e restauração, para evitar que novas infecções surjam. Dependendo do caso do paciente, pode ser que precise de uso de medicação local (intracanal) por cerca de duas semanas para depois fazer a obturação e restauração.
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Ambos os procedimentos odontológicos são semelhantes, mas não são a mesma coisa. A obturação consiste no selamento do canal radicular, portanto, da raiz do dente. Ela evita que essa parte fique exposta e sujeita a inflamações e infecções.
Já a restauração tem como foco o reparo da parte externa do dente, recuperando sua estrutura. É muito realizada em tratamentos de canal, sendo a última etapa. No entanto, também é uma alternativa em casos de tratamento estético, recuperando a forma de dentes fraturados, por exemplo.
Uma das dúvidas mais comuns de pacientes ao receber a indicação do tratamento é se ele dói. Mas a notícia é boa: ele não dói, porque é feito sob anestesia local. No máximo, o paciente sente um leve incômodo na aplicação da anestesia.
Após o efeito da anestesia, pode ser que o paciente sinta algum incômodo. No entanto, é importante reforçar que o endodontista prescreve o uso de analgésicos e anti-inflamatórios, medicamentos que ajudam a aliviar esse sintoma.
De maneira geral, trata-se de um procedimento que não exige cuidados complexos. O endodontista normalmente recomenda o uso de analgésico e/ou anti-inflamatório nos primeiros dias.
Se o paciente tiver alguma condição específica, como uma doença ou problema cardíaco, o dentista pode recomendar o uso de antibiótico. Essa indicação também pode ser feita em casos de infecção aguda da polpa do dente.
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